Iasmin Patacho

Iasmin Patacho, na primeira vez que subiu na perna bateu um desespero, achou que fosse cair e se esborrachar, depois foi entendendo esse reaprender a andar e quando viu já estava auxiliando a própria Elisa a dar aulas para outros alunos e assim se tornou professora na Oficina da Rua

Iasmin Patacho (@ipatacho) é atriz, formada pela Casa das Artes de Laranjeiras (CAL) e pela oficina de atores. Também é dançarina, circense e dizem que canta, ex ginasta de ginástica rítmica, federada pelo Tijuca Tênis Clube (TCC), e quase tudo que faz envolve o corpo.

Ela não faz parte de nenhum coletivo, mas como dá aula em uma oficina, costuma dizer que lá é seu coletivo, no qual já faz parte há 2 anos.

Conheceu a perna de pau inicialmente no carnaval com a Elisa Caldeira (@elisacaldeira_). Logo em seguida começou a fazer aula particular com ela e também sua pesquisa na perna de pau no Circo do Porto.
A primeira vez que subiu na perna bateu um desespero, achou que fosse cair e se esborrachar, depois foi entendendo esse reaprender a andar e quando viu já estava auxiliando a própria Elisa a dar aulas para outros alunos e assim se tornou professora na Oficina da Rua @oficinadarua (antiga oficina do crack).

Sua mestre é a Elisa Caldeira, mas existem outras pessoas que a inspiram como a Conceição Carlos (@conceicaocarlosdc) e a Natalia Santanna (@nataliasantanna7).

Iasmim usa a perna para dar aulas, mas também para seu estudo pessoal no circo e para desfilar em blocos de carnaval, e ainda é pernalta em 5 blocos.

A perna de pau a faz sentir livre e totalmente dona do seu corpo. Quando está nas alturas é tomada por uma felicidade inexplicável, o risco de cair gera adrenalina pura. É um amor por esse objeto que chama de filha, que a fez entender vários medos e inseguranças que hoje são transformadas em purpurina e sorriso no rosto.

Por ser mulher negra sempre passa pelas discussões de raça, classe e gênero. Afirma que durante o carnaval, o seu grupo costuma ser chamado para discussões amplas, além disso, ofertam bolsas (para participação na oficina) como meio de atingir o máximo de pessoas com essa arte, e realizam lives pelo instagram da @oficinadarua levantando esses pontos e questionamentos.
“No final das contas, perna de pau ainda é uma arte para privilegiados, perna de pau é cara, aula de perna costuma ser cara” e sua prática a faz refletir sobre isso. Porque Iasmin acredita que todo mundo deveria ter a oportunidade de sentir as coisas que ela sente quando está no alto!

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